29/09/2014

ATIVIDADES DO NOSSO LAR...



Técnica do guardanapo/ découpage

 Cada vez mais, a découpage é uma técnica popular que permite revestir os objetos através dos mais diversos estampados. Recorrendo a papel ou folhas de guardanapo, a découpage pode ser utilizada para decorar caixas, molduras, tabuleiros ou vasos, de forma criativa e económica. Assim, os nossos idosos decoraram canecas e pratos com guardanapos coloridos e estampados. É uma atividade fácil, económica e inovadora que permitiu também a reflexão sobre a reciclagem uma vez que podem aproveitar-se materiais antigos e dar nova vida.








Canudos de jornal
Neste mês, decidimos usar jornal para transformar em objetos do dia a dia. Inicialmente, fizeram-se canudos que mais tarde foram enrolados e devidamente colados para dar forma aos objetos pretendidos: caixas, base para panelas e cestas. Esta atividade prolongou-se durante vários dias tal era o empenho e a motivação dos nossos utentes. É percetível a satisfação dos idosos quando realizam algo que vai estar á vista de quem os visita pois permite-lhes mostrar a sua sabedoria e proatividade independentemente da faixa etária em que se encontram.
Sendo esta atividade tão simples e prazerosa, será certamente repetida.







Os Reis vieram ao Lar… 
       Como já é costume dos anos anteriores, os meninos da creche do CPSB vieram ao lar cantar os Reis aos nossos idosos. Também foram nossos visitantes, os meninos da EB 2,3 de Tangil que vieram da mesma forma alegrar-nos neste dia. Os meninos cantaram os Reis nas duas salas de convívio e foi notória a satisfação de todos.
As crianças e os idosos ao fazerem atividades juntas, podem trocar experiências e conhecimentos.
       As crianças ao interagirem com adultos mais velhos melhoram as habilidades de comunicação, auto estima e capacidade de resolução de problemas. Para os idosos, a interação com as crianças aumenta a socialização e aumenta o apoio emocional pois faz-lhes lembrar dos filhos ou netos e do quanto foram felizes ao vê-los crescer.











Dia 1 de Maio. Dia do Trabalhador
Um dos valores mais preciosos do ser humano é o trabalho. Trabalhar é sinal de caráter, orgulho e satisfação. O trabalho faz parte da identificação de cada pessoa, portanto, nada mais justo que todos tenham esse direito.
O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio. Em Portugal e em vários países do mundo é um feriado nacional. A história do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos).  
Em véspera do dia do trabalhador, reunimos os nossos utentes para falar sobre este dia uma vez que têm história e nem sempre foi feriado. Para além do diálogo sobre o dia do trabalhador , ainda foram mostradas imagens de várias proffissões com o objetivo de serem decifradas.

Visita ao Palácio da Brejoeira
No passado dia 16 de Maio, quinze utentes do Centro Paroquial Social de Barbeita tiveram a oportunidade de visitar o Palácio da Brejoeira. Foi com enorme alegria que estes se deslocaram até à Freguesia de Mazedo com o fim de conhecer o ex-libris Monçanense. Alguns destes idosos já tinham ouvido falar do Palácio e principalmente dos hectares de Alvarinho mas nunca o tinham visitado.
A visita foi conduzida por uma guia do Palácio que teve a simpatia de mostrar todo o interior do Palácio aos utentes. Enquanto foram percorrendo cada espaço, a guia foi explicando onde se encontravam e o que ali costumava a acontecer quando o Palácio era usado para eventos reais.
Aproveitando o excelente dia de sol, os utentes tiveram ainda a oportunidade de dar um lindo passeio pelos jardins envolventes do Palácio, ficando a conhecer alguns dos mais belos recantos da propriedade.
Uma vez que o lazer na terceira idade tem o objetivo de despertar as potencialidades dos idosos para aspetos criativos e sociais, estimulando a socialização, o compartilhar de experiências, a sensibilidade, as emoções, a comunicação, a aprendizagem de coisas novas permitindo-lhes uma vida ativa, é intenção do Centro Paroquial Social de Barbeita continuar a proporcionar atividades desta natureza.


                                                                      

 Dia de África
          Comemora-se a 25 de Maio, o Dia de África. A data foi instituída pela “Organização da Unidade Africana” em 1963. Em Julho de 2002, esta organização foi substituída pela “União Africana”. A União Africana (UA) foi fundada em 2002 e é a organização que sucedeu a Organização da Unidade Africana. Baseada no modelo da União Europeia, ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento na África, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por meio do programa Nova Parceria para o Desenvolvimento da África.
       Muitos foram os Portugueses que antigamente se deslocaram até ao Continente Africano em buscas de melhores condições de vida. Sendo assim, considerou-se pertinente reviver esse tempo junto dos nossos utentes. Procuraram-se os idosos que lá estiveram a curto/médio prazo e recolheram-se as seguintes histórias:

“Fui para Luanda com 21 anos mais os meu marido. O trabalho que lá fiz foi sempre de costureira. O meu marido trabalhava em vidros e estores como fazia na Madeira. Gostava muito de lá viver porque era bonito. Gostava muito dos tecidos que usavam as “pretas”. Nós lá tínhamos a nossa casa, a minha loja… e quando viemos embora por causa da guerra, o governo de lá ficou-nos com tudo”
                                                                                              Orlanda Mendonça

Eu fui para Luanda alguns anos antes do 25 de Abril. Não sei a idade que tinha. Fui para lá com o meu marido embora não soubéssemos se arranjávamos trabalho ou não, mas naquela altura era mais fácil, havia muita oferta. Trabalhámos num café chamado Galeto tal como o que tínhamos deixado em Portugal e mais tarde, quando já tínhamos possibilidades, deixamos de ser empregados e compramos o negócio. Quando pra lá fomos nunca pensamos em montar um negócio mas a vida assim o proporcionou e ainda bem.
Para dizer a verdade, gostava mais de estar lá do que estar aqui. A vida e as pessoas são muito diferentes. As gentes de lá são mais dadas.
As vestimentas mais comuns daquela época  nos africanos eram os tecidos floridos se bem que logo começaram a aparecer roupas como se usava em Portugal.
Viemos embora quando rebentou a Guerra e deixámos lá a casa e os terrenos. O meu filho mais velho ainda nasceu lá em Luanda, quando veio para Portugal tinh apenas 2 anos. Quando voltamos  foi com uma mão á frente e outra atrás, com meia dúzia de contos escondidos. O nosso trabalho sempre em cafés. Quando voltámos, compramos o café que tínhamos passado, o Galeto.”
                                                                                 Leonor





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